terça-feira, 24 de agosto de 2010

MINISTÉRIO SÓ JESUS - INTRODUÇÃO

MINISTÉRIO SÓ JESUS
(MSJ)

Editor atual: Iremar Bronzeado

Contato: contatosojesus@gmail.com

O QUE SOMOS

O Ministério Só Jesus (MSJ), (também pode ser chamado de Ministério da Conversão Exclusiva ao Evangelho, ou Ministério do Cristo Cósmico), é um movimento global de evangelização que se propõe lutar pela unidade da Igreja do Senhor Jesus, através da conversão exclusiva ao Seu Evangelho no seio da grande pluralidade de igrejas, congregações, seitas e denominações que hoje constitui a Cristandade.

O QUE NÃO SOMOS

Não somos, nem jamais seremos uma “igreja”, uma denominação. Nossa ação ministerial deve ser desenvolvida no seio da Cristandade, vista como o conjunto de todas as igrejas, congregações, seitas e denominações, que, de uma forma ou de outra professam a fé no Senhor Jesus Cristo. Longe de nós a incoerência de, enquanto buscamos a unidade, acrescentar mais uma às inumeráveis divergências doutrinárias em que os homens transformaram o rebanho que devia ser único e de um só pastor. E assim era, em seus primeiros anos, a Igreja do Senhor Jesus, e por isso, naqueles tempos, crescia explosiva e assustadoramente, a ponto de provocar a invejosa fúria dos judeus, que não aceitavam o fim do privilégio de ser o "povo escolhido", e temiam a perda do status de nação, no contexto do Império Romano. Nosso objetivo tampouco é o de eliminar as denominações. Cada cristão, individualmente ou em grupo, tem o direito de ter sua forma particular de intuir, sentir, interpretar, imaginar, conceituar a Divindade e com Ela relacionar-se, embora tenha também o dever de, dentro desta inevitável diversidade, procurar a necessária unidade da fé cristã ordenada por Jesus. O que pretendemos é propagar no seio delas (as denominações) a conversão exclusiva ao Evangelho do Senhor Jesus e convencer nossos irmãos em Cristo que esta conversão é o único caminho capaz de nos conduzir à unidade de um só rebanho e um só pastor, conforme o modelo determinado por Cristo para sua Igreja. O grande significado da vinda do Messias Cósmico é a união de todos os povos, países e línguas pelos laços do amor, da graça e da misericórdia. Temos, contudo, a convicção que tal unidade só poderá ser alcançada na medida em que houver a conversão exclusiva ao Evangelho, com o conseqüente e gradativo distanciamento de doutrinas, dogmas e teologias demasiadamente carnais, acrescentadas pelos homens ás Palavras de Jesus. Só esta conversão e esta unidade reavivará na Igreja de Cristo o ardor, a determinação e a expansão acelerada dos primeiros anos de sua existência. Nosso desejo é incentivar esta conversão dentro de cada denominação, na certeza de que, na medida em que ela acontecer, o Santo Espírito dispensará grandes transformações na mente e no coração dos fieis, que os farão convergir para a unidade de comando do Único Pastor, Santo, Verdadeiro, Universal, o Messias Prometido a todos os povos, crenças e religiões do universo, o doce e manso Rabi da Galileia.
Não somos reformadores, juízes ou profetas. Temos, contudo, a certeza de que a humanidade só se salvará da barbárie e da auto-destruição se aprender a andar pelos caminhos do Evangelho de Cristo, que é a verdade, a luz, a vida e a salvação de todos os homens. Só com a prática do amor incondicional e absoluto ensinado por Jesus, os homens poderão construir um mundo de paz, felicidade e esperança. Sem contar com a promessa de uma vida futura em comunhão com o Espírito Cósmico, infinito e eterno, criador e mantenedor de todas as coisas, onde a nossa alegria e regozijo serão incomparavelmente superiores às maiores e melhores que possamos experimentar em nossa vida sobre o planeta terra.


         QUEM SOMOS

Somos fieis e humildes discípulos de Jesus, que a Ele, e só a Ele dedicamos todo o nosso amor, nosso coração, nossa alma, nosso entendimento e todas as nossas forças. E foi, com certeza, por esse amor exclusivo e irrestrito que o Santo Espírito Conselheiro e Consolador enviado por Jesus abriu os nossos olhos, nosso entendimento e nossos corações para ver e compreender os estorvos e pedras de tropeço que retardam a marcha gloriosa da Igreja de Cristo em direção ao estabelecimento do Seu reino sobre toda a terra e a prevalência de Sua paz entre todos os homens. A Ele pedimos, e d'Ele esperamos, boca, sabedoria, pena, argumento, humildade, mansidão, ousadia e intrepidez para exercer e fazer crescer entre todos os irmãos do universo o mandato deste Ministério da Conversão Exclusiva ao Evangelho do Senhor Jesus, dado a nós pela graça do Espírito Santo e que acreditamos ser o melhor caminho para promover a necessária unidade de sua Igreja, no seio da rica diversidade em que se transformou, ao longo dos séculos, a Cristandade.

         O QUE ALMEJAMOS SER

         Oramos e suplicamos ao Senhor Jesus que faça de nós vasos receptores e refletores  da verdade e da luz que d’Ele emanam. Pedimos que Ele nos proteja e nos ajude a sermos, à sua imagem e semelhança, mansos, humildes e modestos de coração, e, ao mesmo tempo nos dê boca e sabedoria para proclamar ao mundo e comunicar aos homens as verdades e os conhecimentos que o Conselheiro e Consolador por Ele prometido coloque em nosso entendimento e em nossos corações. Nada somos, mas Ele é tudo em nós; nada podemos, mas, em nós, Ele tudo pode. Enfim, como discípulos e servos do Senhor Jesus, queremos apenas servir como  instrumentos para a expansão e prevalência do Seu reino sobre a terra e a predominância de Sua paz entre todos os homens que nela vivem. A Ele damos graças por esse privilégio.

         COMO NASCEU

Nossa passagem por várias denominações evangélicas, bem como, quando de nossa primeira iniciação religiosa dentro da Igreja Romana, fez-nos observar que as doutrinas, os ritos e pregações de todas elas, se afastam, em maior ou menor medida, da clara exigência de Jesus, no sentido de que seus apóstolos e discípulos deviam se devotar total e exclusivamente ao conhecimento, à prática e à pregação do seu Evangelho, e só do Evangelho, sem nada a ele acrescentar. Mandato repetido e reforçado em várias passagens dos Atos e Cartas dos Apóstolos (p.e. ...). O afastamento do Evangelho leva evidentemente ao afastamento do próprio Cristo e de seus luminosos e vivificantes caminhos. Assistimos a cultos evangélicos em que o nome de Jesus não foi mencionado uma só vez. Falou-se de Josias, Elias e Jeremias, falou-se do Gênesis e dos Salmos de Davi, mas nenhuma palavra do Evangelho de Jesus foi citada. Há igrejas em que oitenta a noventa por cento do tempo a dos seus cultos de adoração, escolas dominicais e cultos de doutrina são dedicados ao Antigo Testamento (AT) e ao seu apêndice, o Apocalipse, sobrando pouco tempo e pouca atenção para Jesus. Em todas as denominações cristãs, inclusive as católicas, as orações são dirigidas a Deus, a denominação dada à Divindade pela tradição judaica, que denota e simboliza um “Deus” guerreiro, todo poderoso, irado e implacavelmente justiceiro e vingativo. Exalta-se o seu poder, sua glória, sua justiça, sua vingança, seu ódio (sic) ao pecado, fazem-se os pedidos e súplicas da comunidade, e nada se fala do poder da humildade, da servidão, do perdão e do amor incondicional e absoluto de Jesus, que entra na oração já no finzinho, sob a consagrada fórmula "É o que te pedimos em nome do teu filho Jesus". Ou seja, em vez de nos dirigirmos a Jesus, expressão viva e perfeita da Divindade sobre a terra, e também nos céus infinitos, para  onde subiu ressuscitado, nossa fonte única de vida e salvação, fazemos uma oração dirigida quase que exclusivamente à concepção troncha e imperfeita desta mesma Divindade contida no AT, uma oração que também poderia ser pronunciada, com exceção da última linha, em qualquer sinagoga ou comunidade judaica. Ou nós, cristãos, não devemos nos diferenciar dos judeus, que perseguiram Jesus e os seus seguidores até a morte?
Esta pergunta deu origem a muitas outras indagações, tais como: 1. Devemos nos submeter ao dogma da continuidade entre o Velho e o Novo Testamentos, estabelecido pela carnalidade judaica da Igreja Romana? 2. Não é a doutrina do NT diametralmente oposta à do VT? 3. Por que devemos aceitar a inclusão do VT e do Apocalipse no chamado cânon cristão, estabelecido arbitrariamente pelos homens da nascente igreja romana? 4. Não foi pelo fato de a Igreja de Cristo ter se oposto frontalmente ao judaísmo, que a fez crescer tão rápida e explosivamente em seus primeiros anos? 5. Não podemos atribuir o arrefecimento e constante perda de velocidade de expansão da Igreja à sua crescente reconciliação e conseqüente vinculação com o judaísmo, que nela se imiscuiu sorrateiramente logo nos primeiros séculos de sua existência? 6. Não está na hora de re-analisarmos as teses e as concepções de Marcião de Sinope, excomungado pela Igreja Romana, em 144 de nossa era, porque, tendo pressentido a desfiguração da Boa Nova pelo ultrapassado legalismo do VT, propunha a depuração da Igreja de Cristo de todo o judaísmo então reinante e invasivo? (v. o artigo “Marcião, o Iluminado”, no respectivo link).  A história sempre termina por nos convencer que hereges e excomungados sempre estão com a verdade. E mesmo que não estivessem, teriam o mérito de se insurgir contra dogmas e costumes arbitrários, impostos pela tradição ou pela força arbitrária de potentados sacerdotais, com suas literais “verdades absolutas”, usurpadas das verdadeiras Verdades Absolutas, que jamais poderiam estar ao alcance de mentes humanamente finitas, limitadas e imperfeitas. O próprio Jesus foi excomungado e morto na cruz como rebelde, herege e blasfemador. 
Foi então que sentimos o chamado para a organização do Ministério Só Jesus, um ministério de caráter rigorosamente inter-denominacional, destinado a tentar dar respostas às indagações acima elencadas, e outras que, com certeza, surgirão no fururo, e conclamar os cristãos à conversão exclusiva ao Senhor Jesus e à sua palavra, que é a mais perfeita expressão do Espírito Infinito e Eterno e Nosso Pai Criador.
Nosso desejo é que este blogue seja menos um espaço magisterial e doutrinário do que um fórum onde os cristãos possam, através da discussão livre e participativa, se libertar dos dogmas e das tradições que possam estar entravando a marcha gloriosa do rebanho de Cristo. Sabemos que esse é o primeiro e modesto passo de uma longa peregrinação. Mas, como disse o filósofo-profeta Lao Tsé, “Esta árvore que enche os teus braços nasceu de um germe minúsculo. / Esta torre com seus nove andares provém de torrões amontoados. / A viagem de mil léguas começa por um só passo”.
Nenhum mérito atribuímos a nós mesmos, senão ao “Consolador, o Espírito Santo, o Espírito da Verdade, enviado pelo Pai em nome de Jesus, para nos ensinar todas essas coisas e nos fazer lembrar tudo o que Ele nos disse” (Jo.14: 16 e 26)

         COMO PARTICIPAR DESTE BLOGUE

         Perguntas, objeções, tentativas de refutação, comentários, análises, artigos e indicações de livros e leituras, pró ou contra, pertinentes aos temas em debate serão sempre bem-vindos. As verdades mais próximas da inalcançável Verdade Verdadeira são aquelas abertas à discussão e ao diálogo. Quando cessam a discussão e a polêmica, cai-se na ilusão da “verdade absoluta”, na rigidez do dogma imposto por uma pretensa autoridade superior, lama fátua que endurece e fossiliza a mente, a inteligência, o coração e a fé. Nosso imutável modelo, o manso e modesto Jesus de Nazaré, apesar de ser Ele mesmo A VERDADE e a autoridade suprema, nunca impôs sua palavra como um dogma absoluto. O que Ele mais fez foi tentar convencer, argumentando, discutindo e polemizando com os que se opunham à autoridade de sua divina mensagem. Jesus nunca jogou verdades prontas, acabadas e indiscutíveis sobre os seus discípulos, apesar de ser conhecedor de toda a Verdade como partícipe do Espírito Eterno que o enviou. Nunca usou de Sua autoridade suprema para estabelecer dogmas ou leis eternas e absolutas diante dos homens. Pelo contrário, em toda Sua peregrinação humana, o que Ele mais refutou e combateu foram os dogmas e as tradições milenarmente estabelecidas, como a nos dizer que a Verdade revelada tem que ser também uma verdade buscada pela oração, pela lógica, pela razão e pela experiência, para que assim os homens possam valorizá-la cada vez mais na escalada gloriosa da montanha, em cujo topo está a luz resplandecente da Verdade Eterna e Absoluta. Do começo ao fim, o discurso de Jesus é um poema de espantosa  perfeição, a mais bela poesia de todos os tempos, cheio de metáforas, metonímias, hipérboles, alegorias, figurações, parábolas e mitos, como a nos dizer que a Verdade está sempre escondida por trás das palavras, e que, para d’Ela nos aproximarmos é preciso buscar a essência que está por trás das coisas faladas ou escritas. É também um alerta para que, em nossa busca sempiterna da Verdade, não caiamos no maniqueísmo  fundamentalista do preto no branco, legal ou ilegal, culpado ou inocente, anjo ou demônio, bem ou mal, bom ou mau, judeu ou gentio, santo ou pecador, que caracterizava o paradigma legalista da culpabilidade, do julgamento e da ira, inerente ao padrão de cultura da Antiga Aliança. Jesus é o bem supremo que triunfa sobre o maniqueísmo da luta entre o bem e do mal. Não há mais a contraposição entre bons e maus, justos e injustos, amigos e inimigos, uma vez que “devemos amar nossos inimigos e bendizer os que nos aborrecem, para que nos tornemos filhos do nosso Pai Celestial, que faz nascer o seu sol sobre maus e bons e faz cair sua chuva sobre justos e injustos” (Mt.5:44-45).



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